segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

AMERICAN PIT BULL TERRIER



HISTÓRICO

No início do século XIX, criadores na Inglaterra, Irlanda e Escócia iniciaram cruzamentos tentando obter um cão que aliasse a esportividade e agilidade de alguns terrier com a resistência e atleticidade, além do fisco poderoso do antigo Buldogue Inglês. Como resultado obtiveram, então, um cão atraente e peculiar que agrada a todos que procuram um companheiro, amigo fiel, confiável, carinhoso e que reúne em si virtudes de um grande guerreiro: resistência, coragem indomável e gentileza com os que ama.

Levados logo aos EUA estas cruzas de Bulls e Terriers, os chamados Staffordshire Bull Terrier passaram por nossos cruzamentos para aumentar de tamanho. Criadores voltados para temperamento lutador destes cães obtiveram o seu reconhecimento com o nome American Pit Bull Terrier (APBT), em 1898, pelo UKC - United Kennel Club. As exposições de beleza como um novo objetivo para a criação aliado ao trabalho de alguns proprietários de Pit Bull interessados em aperfeiçoar a sua estrutura física e obter maior controle de seu temperamento faria surgir o American Staffordshire Terrier. Em 1936 os cães resultantes desta criação foram reconhecidos pelo AKC - American Kennel Club com o nome de Stafforshire Terrier (sem o "Bull" para diferenciá-los do ancestral inglês). Em 1972, receberam a denominação American Staffordshire Terrier e são agora reconhecidos também pela FCI - Federação Cinológica Internacional.

Tido como o "cão mais poderoso por cada centímetro de seu corpo", dentre todas as raças APBT causou mais controvérsias e teve uma divulgação pior que qualquer outra. O fato é que o termo "PitBull" se referia a um grupo de raças e não particularmente ao APBT.

O APBT é afetuoso, dócil e facilmente treinável. Seu amor e fidelidade ao dono e à sua família humana, faz com que venha a reagir rápida e energicamente quando se sente ameaçado.

APARÊNCIA GERAL

O APBT é um cão de porte médio, corpo quadrado, constituição sólida, pelagem curta e musculatura bem definida, Além de ser poderosa e atlética esta raça devem possuir refinamento e dignidade. O APBT se apresenta em todas as cores e marcações e é importante ao seu julgamento observar a harmonia entre as partes de sua anatomia e equilíbrio de seu temperamento. Cães agressivos e incontroláveis vem sendo retirados de reprodução para que esta não sofra restrições.

CARACTERÍSTICAS

Há muito tempo admirado por sua coragem, resistência, disposição para obedecer a seu dono e alegria de viver, o APBT se tornou uma das raças mais populares, mas ainda não é um cão para qualquer pessoa.

Ter um Pit Bull requer responsabilidade, muito afeto e adestramento para fazer aflorar as melhores características do cão e torná-lo um exemplo.

O alto grau de inteligência e sua vontade de trabalhar fazem do APBT um dos cães mais versáteis do mundo que conseguiu criar um consenso entre os criadores e donos que é a fidelidade à raça. Nenhuma outra tem tanta exclusividade dos donos como o APBT.

Por seu eterno desejo em agradar o dono, o Pit Bull aprende com facilidade qualquer tarefa. Mas embora companheiros ideais, precisam de comando firme até que saibam o que o seu dono espera deles.

Comportamento agressivo para com o ser humano não é característico da raça, portanto é extremamente indesejável. Futuros compradores da raça devem evitar filhotes que não demonstrem afeição por pessoas.




COMO ADQUIRIR UM FILHOTE DE ÓTIMA QUALIDADE

O filhote deve ser brincalhão, corajoso e muito valente. Uma boa dica é levar uma bolinha ou pedir aos donos dos filhotes um pedaço de pano velho para ver qual filhote está mais desinibido.

O corpo do filhote deve ser robusto com peito largo, dorso reto, traseira larga e cauda grossa; deve ter aparência saudável e inquieta com pêlos brilhantes e pesando mais do que seu tamanho aparenta.

Evite comprar um filhote pela cor, escolhendo sempre pelo temperamento desejado. A melhor dica é analisar como os pais são, pois os filhotes tendem a ser muito parecidos com eles tanto em temperamento como em estrutura.

EDUCAÇÃO E ADESTRAMENTO

A educação e adestramento do cão diferem essencialmente da educação que se ministra a uma criança. Não é diferente com o cão. Meninos não aprendem com pancadas, e quando aprendem, aprendem torto. Mas com amor aprendem certo. Assim o cão não deve apanhar nunca, e muito menos no período de adestramento. Comandos energéticos, atitudes definidas, nenhuma hesitação sim o adestrador deverá adotar. Aprendem, mas exigem paciência maior. Aliás, a paciência tem de ser a virtude principal do adestrador, quaisquer que sejam as circunstâncias.

Tanto quanto as pessoas, cães e também aprendem boas maneiras. Aprende a manter-se polido em todas as ocasiões, como aprende a portar-se bem. É verdade que não se deve impor disciplina muito rígida a cães muito alegres; e se a intenção é adestra-lo, tem que se cuidar para não ser dominado por ele. Um cão tende a captar nosso real estado de espírito e se defendem ou tiram proveito disso.

CRUELDADE: AS RINHAS DE PIT BULL

Essa prática era bastante difundida no século passado, principalmente na Inglaterra, quando surgiram trabalhos para criar um "supercão" de brigas contra touros. Infelizmente, embora proibidas no Brasil, ainda atuam ilegalmente em alguns locais, apoiadas em proprietários desleais e infiéis com seus cães.

O APBT por sua força ainda é perseguido por simpatizantes desta prática cruel, que não enxergam que toda resistência do ABPT é associada a muito amor, gentileza e docilidade.

Nunca incite seu filhote contra outros cães ou pessoas e jamais o envolva em brigas, será a pior e talvez a última prova de amor que você pode dar a ele.

"Chegará um dia no qual os homens conhecerão o íntimo dos animais; e nesse dia, um crime contra um animal será considerado crime contra a humanidade"

domingo, 22 de janeiro de 2012

BASSET HOUND


Duplamente apaixonante é o Basset Hound. Se por um lado não há quem possa resistir àquele olhar suplicante de quem está sendo inocentemente condenado aos mais severos castigos, por outro, é impossível conter o risco com as traquinagens que ele apronta, sempre a um passo de tropeçar nas próprias orelhas.

Mostramos aqui a natureza calma deste cão de caça que pode conviver muito bem no meio de outros animais de estimação e ser um grande amigo das crianças.

CAÇADOR E COMPANHEIRO

Paciência é o que não falta a um legítimo Basset Hound. Possuidor de um invejável faro, esses cães já fizeram a glória de muitos caçadores, quando dedicavam horas a fio a seguir trilhas de veados e atacavam sem temer lobos e javalis que tentassem atrapalhar o seu caminho.

De origem provavelmente francesa, onde recebeu o nome de Basset (podengo-cão para a caça de coelhos), teve como seus ancestrais os famosos cães sabujos de Saint Hubert, por volta do século VI.

Levados da França para outros países europeus, o Basset Hound chegou à Inglaterra durante o século XV onde por obra de alguns criadores sofreu sérias modificações ao ser acasalado com os Blood Hounds. Junto com os novos exemplares nascia também a polêmica: deveria o excelente caçador que tanto sucesso fez nos campos franceses e belgas ser trabalhado esteticamente e transformado em apenas um cão de companhia? Por um longo período as discussões prosseguiram até o bom senso prevalecer e estabelecer que se obtivesse um cão que unisse todas as características de um caçador, como também a de um companheiro.

Apesar das divergências iniciais, em momento nenhum a raça foi desmerecida. Ao contrário, continuava agradando a todos indiscriminadamente, tanto que até o maior dramaturgo dos tempos modernos, o inglês Shakespeare (1564 a 1616) se refere ao cão, em "Sonhos de Uma Noite de Verão", com uma das imagens poéticas mais sensíveis que já se dedicou a um animal: "possui orelhas que varrem o orvalho da madrugada".

Como todos os cães de raça nobre, o Basset Hound também não passaria indiferente pelos membros da família real britânica. O rei Eduardo VII, reconhecidamente um fanático por cães, manteve matilhas de Basset Hounds, que agora além de eficientes caçadores se distinguiam por seu profundo e louvável companheirismo.

Em 1800, dois criadores franceses dedicaram-se a aprimorar o Basset Hound, desenvolvendo, assim, linhas de sangue puro.

A linhagem "Lane" apresenta olhos maiores e crânio mais pesado; enquanto que a "Le Coulteux" tinha o nariz mais romano, expressão mais entristecida por causa dos olhos mais escuros e bem profundos, cabeça arredondada e maxilar mais proeminente. Levados para a Inglaterra, o "Le Coulteux" despertou maior interesse que o "Lane", o mesmo acontecendo nos EUA.

A partir de então, a fama desse cão de características singular correria o mundo. Apresentado pela primeira vez em uma exposição canina em Paris, isto por volta de 1863, o Basset Hound ganhou de imediato o carinhoso apelido de Cirano dos Cães, já que o seu nariz é extremamente grande e carnudo, dando-lhe um ar tragicômico, tal qual o famoso personagem da literatura. Em 1875, era a vez das pistas inglesas apreciarem esse cão, levado pelas mãos de Sir Everett Millais, responsável por sua introdução em terras britânicas. Em 1880, a raça consagrou-se definitivamente na Inglaterra, ao surgir em número bem representativo na exposição de Wolverhampton.

Um bom tempo depois, em fins da década de 1960, o Basset Hound chegava ao Brasil, graças ao enorme sucesso que alcançava nos EUA, onde era largamente utilizado não só em seu ofício principal, como também em filmes, desenhos animados, campanhas publicitárias, enfim, no riquíssimo show business americano. Aqui, teve enorme aceitação já que este além de se adaptar perfeitamente com nosso clima, é um cão que vive muito bem em casa, apartamento, fazendas e em todo lugar onde tenha alguém que queira ter ao seu lado um excelente companheiro de todas as horas.

ATRÁS DO AR MELANCÓLICO, UM DIVERTIDO PALHAÇO

Quem vê cara, não vê coração, já dizia o velho provérbio que se aplica muito bem ao Basset Hound.

Atrás daquela expressão melancólica, do olhar de quem é eternamente rejeitado, esconde-se um verdadeiro "palhacinho", alegre e divertido ao extremo. Essas são sem dúvida as características mais marcantes desse cão de orelhas longas e aveludadas que ultrapassam a ponta do nariz, pernas curtas e corpo tipo "salsichão".

Mas, além dessas "marcas registradas", segundo o padrão oficial da raça aprovado pela Confederação do Brasil Kennel Clube, o verdadeiro Basset Hound deve ter a cabeça grande e bem proporcionada. O comprimento da protuberância occipital ao focinho maior que a largura na fronte e o crânio bem abobadado. Todo Basset Hound que se preza ostenta olhos suaves, tristes, levemente fundos e de preferência marrons-escuros. As faces são lisas e livres de rugas nas bochechas.

A pele em toda a cabeça é solta, caindo em dobras bem definidas sobre a testa quando a cabeça é abaixada. O focinho ideal é aquele profundo, pesado e livre de afilamento. Já para o nariz se exige que ele seja de pigmentação escura, preferencialmente preta, com narinas largas e bem abertas. Grandes e sadios deverão ser os dentes e os lábios não podem deixar de possuir uma pigmentação escura e uma forma pendular que caia de um jeito quadrado na frente. Aquela pele abundante sob o pescoço, chamada barbela, tem de ser muito pronunciada. Por sua vez, o pescoço precisa ser poderoso, de bom comprimento e arqueado.

Se o peito não for profundo e cheio com o esterno (osso dianteiro que se articula com as costelas) proeminente e aparecendo claramente à frente das patas, ele foge ao padrão. Os ombros e cotovelos são bem juntos ao corpo. Mais especificamente, os ombros são bem angulares e poderosos, enquanto que o cotovelo não pode ser nada projetado. As patas curtas, potentes, como ossatura pesada possuem almofadas rijas e pesadas, bem arredondadas; como também, dedos nem muito juntos, mas tão pouco separados. O padrão é de pernas curtas, sendo que quando em movimento as dianteiras não pisam abertas e as traseiras, vistas de trás, são paralelas.

Em relação ao corpo, as costelas bem arqueadas apresentam uma estrutura longa, suave e que se estende bem para trás. Por sua vez, a linha de dorso é reta e horizontal. Quanto à cauda, que não deve ser cortada, é inserida em continuação à espinha em ligeira curvatura, sendo portada com jovialidade. Donos de um pêlo duro, liso e curto e de pele solta e elástica, nesses cães aceita-se qualquer cor reconhecida para os Hounds, entre eles a tricolor (castanho, preto e branco) e a bicolor (castanho e branco). Medindo de 28 a 35 cm, os Basset Hounds pertencem ao segundo grupo, que é o de Cães de Caça e Presa. Por isso que não é à-toa que eles caçam e prendem para sempre o coração de qualquer um.

SUA PREGUIÇA É APENAS APARENTE

Não existe um só Basset Hound que não adore ficar horas e horas instalado confortavelmente num cantinho bem aconchegante, com aquela cara "amassada" de quem está no auge de uma irrecusável sonequinha. Porém, basta um simples estalar de dedos para que ele se recomponha e volte imediatamente para suas atividades. Aliás, apesar do jeitão de preguiçoso, o Basset Hound sempre foi um ativo e irrepreensível caçador, função que exige muita vitalidade, perspicácia e inteligência. Contudo, para que não se tenha em casa um verdadeiro dorminhoco e exímio caçador unicamente de comida, é necessário que se eduque o cão para que ele desenvolva todas as suas potencialidades.

É PRECISO SER POLIDO

Um cão tão bonito e charmoso quanto o Basset Hound precisa ser exibido em exposições caninas. Quando o cão completar um pouco mais de cinco meses, procure um bom handler (profissional especializado em ensinar e apresentar cães em exposições) para que este adestre o animal para esta finalidade.

Todavia, se você desejar ter um competente cão de caça, recorra a um adestrador idôneo e especializado nessa modalidade, que se encarregará de começar a treinar o futuro caçador, quando este tiver mais que seis meses de vida e seu invejável faro estiver mais apurado.

Agora, se você pretende que o Basset Hound seja um indomável e feroz cão de guarda, perca as esperanças. No máximo, o que ele pode ser é um eficiente cão de alarme. Isto é, ao notar uma indesejável presença, ele se põe a latir persistentemente até que alguém venha acudi-lo. Infelizmente o que pode acontecer é que esse alguém seja um "convidado" nada querido.

APESAR DA CARA DE DOENTE, A SAÚDE É DE FERRO

Mesmo sendo muito saudável, essa raça de cães não está de todo livre de alguns pontos fracos.

Um deles, sem sombra de dúvidas, são os olhos. Muitas vezes, por questões hereditárias e outras até por descuido dos donos, que não limpam diariamente os olhos dos cães, alguns Basset Hounds contraem sérias conjuntivites e outros são alvos fáceis, não só de cataratas como também de outros problemas mais sérios que podem trazer danos irreparáveis a esse órgão tão importante. Portanto, fique de olho nisso!

Os ouvidos também são outro grande motivo de preocupação. Por serem muito longas, as orelhas não permitem uma circulação de ar regular. Isso torna os Basset Hounds muito suscetíveis a problemas de inflamação no ouvido. A melhor providência nesse caso, é cuidar metodicamente da higiene local e, ao menor sinal de uma martirizante otite, procure um veterinário.

Gordura nunca foi sinal de saúde. Principalmente em cães. A obesidade carrega consigo os mais graves problemas digestivos e de coluna e coração, além de causar a esterilidade em machos e fêmeas, por causa do excesso de peso. Como os Basset Hounds são uns gulosos de mão cheia, cabe a você controlar a alimentação do seu e pô-lo para fazer exercícios (correr é o melhor deles!) para manter uma elegante forma física.

ACASALAMENTO

De todos esses problemas, aquele que mais aflige um Basset Hound é, com certeza, o acasalamento. Por causa de suas patas curtas e corpo comprido, raramente o macho consegue se manter sobre a fêmea, durante o cruzamento e atingir o seu intento sem ajuda (indiscreta!) do homem.

Mas também não é por causa disso que você não deve procurar a cara-metade ideal para o seu cão. Contudo, antes de ir acasalando o seu Basset Hound com qualquer um, lembre-se que os frutos dessa união só poderão ter qualidades inerentes à raça, caso tenham sido gerados por pais que apresentem compatibilidades. Um profundo e sério estudo genético do casal, através do pedigree (certidão de nascimento dos cães), é imprescindível para que não se perpetue anomalias ou taras.

A idade ideal para o "casamento" deverá ser de 24 meses para o macho e de 19 para a fêmea, época em que deverá estar entrando em seu terceiro cio. Caso você não encontre o marido ou esposa exemplar para o seu cão, não se aflija. É melhor que ele fique só do que mal acompanhado.

Collie



ORIGEM
Até nos dias de hoje, a origem do Collie é um mistério e dá margem a inúmeras teorias. Tudo indica que a raça pode ser fruto de uma cuidadosa seleção. Nunca se chegou com certeza às raças que deram origem ao Collie. Mas ninguém nega que essa raça é de origem escocesa, desenvolvida para o pastoreio de ovelhas. Nesta época eles ainda não possuíam a forma física atual e apresentavam também grande diferenciação quanto ao tamanho e aspecto.

Sabe-se também que os Collies, quando ainda não tinham este nome, criados no Norte da Escócia, uma região muito fria, tinham pêlos longos. Ao passo que aqueles que pastoreavam na região mais quente, ao Sul, possuíam a pelagem curta. Isso leva a crer que ambas as variedades descendem de um ancestral comum.

A história do Collie como cão de exposição é quase tão antiga quanto a história das próprias exposições. A primeira aparição do Collie foi em Dezembro de 1860, na exposição realizada em Birmingham.

O Collie tornou-se muito popular quando a rainha Vitória, em uma de suas visitas ao Balmoral, rendeu-se ao seu encanto especial, e começou a cria-los.

NOME
O nome Collie é tão obscuro quanto a origem da própria raça, em épocas diferentes a palavra já foi grafada de muitos modos distintos, "coll", "colley", "coally", "coaly", apenas para mencionar alguns.

A origem mais certa e provável é aquela segundo a qual "col", que em anglo-saxão, significa preto, que poderia ser a cor original da raça, ou eles receberam este nome em função da ovelha de cara preta, muito comum na Escócia, as quais justamente delas esses cães cuidavam.

TEMPERAMENTO
O Collie possui um carater todo próprio. Talvez seja o mais devotado dos cães, muito gentil, doce, extremamente afetuoso e muito inteligente, dotado de um cérebro que parece raciocinar quase do mesmo modo que o nosso. Possui uma forte capacidade de discernimento entre o certo e o errado. Percebe com muita facilidade o que queremos dele, fazendo crer que exista uma força telepática altamente desenvolvida.

Possui um grande senso de humor, muitos costumam até sorrir. Naturalmente, não gosta de ser motivo de chacota, mas gosta de rir com os outros, e muitas vezes trata a si próprio como uma grande brincadeira. Esta sempre procurando novas coisas para se divertir, seja com seu dono ou com os companheiros.

Sua inteligência tornou-o um cão de adaptação fácil à vida do homem, mais do que muitas outras raças. Provavelmente isto e resultado de ter vivido tão junto do ser humano através de tantas gerações como pastor.

Seu instinto de proteção, selecionado através de anos para o pastoreio de ovelhas, faz que modernamente seja projetado para o cuidado com a família, principalmente crianças. São inúmeras as histórias de Collies que agem como verdadeiras babas, sacrificando até a própria vida. Não só cuida da família como de todos os bens materiais pertencentes a ela, como se fosse o seu "rebanho". Porem não e um cão de ataque, devido a sua docilidade, sendo somente um defensor.

O Collie adapta-se a qualquer lugar da casa; é gentil, higiênico e sensato. Sua lealdade absoluta e confiança tornaram-no o companheiro perfeito, e estas qualidades aliadas à compreensão de seu dono, fazem com que o possuir seja uma grande alegria. É um cavalheiro, um dos mais lindos espécimes da raça canina.


EDUCAÇÃO
Por ser um cão naturalmente tranqüilo, meigo, mas sobretudo alerta, e com um instinto protetor muito desenvolvido, é desnecessário que se adestre um Collie para ataques. Apenas um adestramento para higiene, obediência e exposição é suficiente.

Por volta dos dois meses de idade um Collie já pode ser ensinado a fazer suas necessidades no local que se deseja.. O cão costuma marcar seu "banheiro" pelo cheiro. Por isso toda vez que ele fizer suas necessidades no local errado, limpe bem com desinfetantes para retirar o odor e "transfira" as fezes para o local escolhido a fim de marcar bem o cheiro. Porém, e importante que o local esteja realmente definido. As várias mudanças confundem os animais. Procure agrada-lo toda vez que ele acertar e reprove-o sempre que errar: com autoridade, mas sem ser demasiadamente enérgico.
Três meses é a idade ideal para que o Collie seja treinado a ser obediente. Atender aos comandos impostos, não comer tudo que vê pela frente, saber andar (sem arrastar ninguém) na coleira e aprender as noções básicas de como se comportar em exposições, são lições que facilmente um Collie aprenderá, já que ele tem um prazer enorme em servir e agradar seu dono.

Com muito amor, paciência e acima de tudo persistência, você mesmo pode ensinar as regras elementares ao seu cão. Mas se preferir, recorra a um treinador profissional, que seja experiente e idôneo. E nunca condicione um Collie para ser agressivo, como já foi dito, seu instinto protetor é fortemente desenvolvido, basta ensina-lo a ser obediente.




Cocker Spaniel Inglês


EXPLANAÇÕES SOBRE A RAÇA


Olhando hoje o Cocker Spaniel, atraente com as orelhas longas quase varrendo o solo e pêlo sedoso, pode ser difícil vê-lo como um cachorro disposto ao trabalho. Porém, o Cocker ainda tem esta habilidade e desfruta muito a satisfação de um dia no campo.

No século XIX, o prefixo "Cocker" foi dado para denotar a popularidade deste pequeno cão de caça por levantar e recuperar galinholas (que em inglês tem o nome de woodcock). O "Cocking Spaniel" ficou popular em Gales e no Sul da Inglaterra naquele momento devido ao tamanho compacto que fez dele mais ágil para trabalhar em mato baixo.



POPULARIDADE

O Kennel Clube da Inglaterra reconheceu a raça em 1892. Foi realmente o começo do Cocker Spaniel Inglês.

O Cocker tem muitos atributos que contribuem para essa popularidade:

  • primeiramente, a personalidade feliz que fazem dele um alegre cão de caça.
  • o tamanho compacto e a aparência agradável, juntos com a ansiedade para agradar e a facilidade de ser treinado, fazem dele um ótimo trabalhador e um maravilhoso companheiro doméstico. A cauda sempre sacudindo entusiasmado tem o efeito feliz de levantar o espírito daqueles que caminham ou trabalham com ele, a oferta de disposição e gentileza o faz um companheiro extremamente afetuoso.

    O pêlo liso e sedoso é um prazer para acariciar, sendo que muitos donos de cães atualmente selecionam um cachorro ou raça fundadas, em parte, no tipo de pêlo. Atributo que sempre deveria ser levado em conta quando se escolhe um cachorro, já que isso inclui o trabalho de cuidar e aparar.

    Donos de cães podem se tornar acariciadores compulsivos, para o benefício mútuo de homem e cachorro. Em anos passados, mostrou-se pesquisa científica que este comportamento instintivo de acariciar tem benefícios de saúde positivos, causando a baixa na taxa de doenças cardíacas, relaxamento e redução em tensão: uma tônica sem o risco de efeitos colaterais desagradáveis associado com algumas drogas! Os cães também desfrutam isto!

    A ORIGEM DOS SPANIELS

    Conforme trabalho do cinologista alemão Richard Strebel sobre as origens dos cães alemães, a pergunta sobre as origens dos spaniels é muito difícil porém pode-se afirmar que é um dos tipos mais velhos de cães.

    Representações de spaniels ou de cães bem parecidos a eles são achadas em pinturas muito antigas e, o quadro mais recente de um spaniel que Richard Strebel está estudando é a representação de Philip II da Macedônia, pai de Alexandre, o Grande.

    Isso nos leva de volta a séculos atrás, de modo que não se pode ser facilmente localizado ou ficar sem "buracos" na história, conforme retrata o Dr. Beyersdorf em seu livro "Spaniel" (Kynos Verlag, Murlenbach/Eifel).

    O que é certo é que o spaniel, até mesmo se não fosse reconhecido como raça, era difundido nos países do norte da Europa.

    Nós sabemos é que o Duque de Northumberland, John Dudley, foi um dos primeiros a treinar spaniels para a caça e que no castelo do Rei Henrique VIII havia um empregado que era o guardião dos spaniels, "Robin the King's Spaniel Keeper".

    Em 1570 John Caius descreveu 22 raças existentes em seu livro "Of English Dogs", inclusive o Land Spaniel (Spaniel de Terra) e o Water Spaniel (Spaniel de Água). Caius escreve que estes cães foram sendo classificados conforme a função para a qual foram criados, assim: seu uso:, assim falcon dog (falcoaria), pheasant dog (caça do faisão), partridge dog (caça da perdiz) e assim por diante.

    Muitas pessoas chamaram este tipo de caça de "spaniel" acreditando que se originaram na Espanha, porém a atribuição mais plausível é a de que "spaniel" derive da palavra céltica "spain" que significa "coelho" fortalecendo ainda mais a primeira e original função para a qual os spaniels foram desenvolvidos. Mas, por mais que se estude, a origem da palavra ainda é disputada.

    Do século XVII em diante foi aceita amplamente a palavra spaniel, especialmente na Inglaterra, tanto que no fim do século XIX o spaniel foi especificamente considerado uma raça inglesa.

    Dr. Peter Beyersdorf, Presidente do Jagdspaniel-Klub e um amante apaixonado das raças spaniel, escreve em seu livro "SPANIEL":

    " Pode ser útil para algumas pessoas aprenderem mais sobre a origem e as definições das qualidades do spaniel e talvez um maior conhecimento a este respeito conduziria a uma compreensão melhor e uma maior avaliação da raça inteira. Isso é algo que o spaniel mereceria. É uma raça que combina tantas qualidades: generosidade, entusiasmo, inteligência, lealdade, amizade mas também quando necessário, dureza e tenacidade. Uma vez cativado por um spaniel você nunca será "curado" deles.

    A MAGIA DAS CORES

    Os Cockers tem uma variedade maravilhosa de cores. De fato, nenhuma outra raça oferece variedade tão grande.

    Cores sólidas são:
  • Preto,
  • Dourado,
  • Fígado,
  • Preto e Canela e,
  • Fígado e Canela.
    O Canela é considerado marcação e não segunda cor.

    Partcolor são aqueles em que as cores sólidas estão misturadas com o branco, a saber:
  • Preto e Branco ( as cores são separadas)
  • Azul Ruão (o branco e o preto se misturam assemelhando-se a cor de cabelos grisalhos)
  • Fígado e Branco,
  • Fígado Ruão,
  • Laranja e Branco (a cor laranja parecida com dourado)
  • Laranja Ruão
  • Preto e Branco e Canela (Canela é marcação e não terceira cor)
  • Azul Ruão e Canela
  • Fígado e Branco e Canela
  • Fígado Ruão e Canela

    Alertamos que exemplares de cores sólidas não deverão cruzar com exemplares de cores partcolor, pois poderá descaracterizar as cores e marcações permitidas pelo padrão FCI.

    A DEMANDA POR FILHOTES

    Muitos criadores de Cocker estão preocupados pois vêem os riscos das qualidades soberbas de uma raça popular estarem sendo reduzidas nas mãos de falsos criadores que estão dispostos a acasalar sem cuidado e o devido conhecimento de faltas que inevitavelmente rastejam em algumas linhas de procriação. Isto pode acontecer quando há uma súbita demanda para filhote de determinada raça.

    Manter uma relação boa com o criador depois da compra será benéfico pois o "dono de primeira viagem" terá o apoio de pessoas que convivem com a raça a muitos anos.

    MANEJO E CUIDADOS COM O COCKER

    Você deverá seguir regras básicas de higiene, saúde e segurança que facilitarão sua vida e a do cão.

    AS REFEIÇÕES

    Quando for trocar de ração faça-o gradativamente. Procure estabelecer horários certos para as refeições do seu filhote, até oito meses ele deverá comer 3 vezes ao dia, após os oito meses sugerimos duas refeições ao dia. A primeira refeição pela manhã, a segunda por volta de uma hora da tarde e a terceira antes de dormir.

    Para Cocker Spaniel sugerimos 300gr. (filhotes) e 200gr. (adultos) de alimento seco por dia. Essas quantidades são divididas entre as refeições.

    SAÚDE E HIGIENE

    O Cocker precisa ser penteado pelo menos duas vezes por semana.

    O seu filhote poderá tomar banho uma semana após as doses de vacinas, escolha o período mais quente do dia e evite correntezas de vento, seque-o com secador morno começando pelo peito, as orelhas ficam por último.

    Para os cães adultos a rotina de banhos depende do ambiente onde o cão vive o importante é NUNCA deixar entrar água nos ouvidos. Pois as orelhas pesadas e pendentes impedem a circulação de ar, portanto os ouvidos não secam sozinhos e a conseqüência disso é a Otite, doença que incomoda o cão e o dono. A prevenção é a melhor solução.

    OS PASSEIOS

    Aos cinco meses, depois da vacinação completa, seu filhote estará apto ao primeiro passeio na rua, SEMPRE COM GUIA.

    Nos primeiros passeios você poderá achar seu filhote parecido com um "potro indomado", mas com a freqüência ele se acostumará em poucos dias.

    Não deixe que ele o leve para passear, mantenha sempre a posição de comando, o cão deverá andar à sua esquerda.

    Não aconselhamos passeios sem guia pois Cockers são cães de caça independentes portanto, cães destemidos, se ele farejar uma trilha que o interessa não pensará duas vezes para segui-la.

  • RETRIEVER DO LABRADOR



    O cão Retriever do Labrador é um animal que tem alcançado popularidade entre os amantes de animais de companhia. Isso deve-se ao fato desta raça ter características muito apreciadas pelo homem, que procura nos animais uma amizade incondicional.

    Os primeiros exemplares quando surgiram, para os leigos, eram associados a qualquer cão vira-latas, em virtude dos Labradores apresentarem cor de pelagem e características físicas simplórias. Mas não é bem assim.

    ORIGEM 

    No século XV, nas geleiras frias e inóspitas da cidade de Terra Nova, algumas frotas pesqueiras da Inglaterra que trabalhavam nas costas Canadenses, acabaram se instalando na região.

    Há duas hipóteses:

    a) estes pescadores levaram cães ingleses de porte médio, com pelagem curta e densa o que permitia a estes cães mergulhar nas águas gélidas,

    b) os cães foram identificados pelos pescadores como hábeis para serem auxiliares na pesca dos peixes que escapavam das redes. Não se sabe se estes animais se misturaram aos nativos e deram origem a raça.

    No início do século XIX o 2o Conde de Malmesbury viu exemplares destes cães com alguns pescadores oriundos da região de Terra Nova que estavam na Inglaterra para fazerem comércio de mercadorias. Este conde se encantou pelos cães e importou os primeiros exemplares. De 1865 á 1889 outros monarcas ingleses adquiriram muitos exemplares do Labrador e nesta ocasião que deu-se efetivamente a origem do Retriever do Labrador.

    NOME

    O nome "Labrador" não tem uma origem bem esclarecida e não é por causa da cidade que leva este nome, pois antes de ser chamado assim era chamado de St. John's uma localidade da Ilha de Newfoundland, de onde vieram os primeiros ancestrais da raça. Já o nome " Retriever" quer dizer "caçador de pássaros abatidos".

    CARACTERÍSTICAS DA RAÇA

    O Labrador enquadra-se na classe dos cães de caça. Apresenta-se como excelente nadador, podendo mergulhar em águas geladas sem que ao sair se forme gelo em sua superfície corporal. Como caçador tem a habilidade de apreender a presa sem danificar suas estruturas.

    Seu padrão de raça é de porte grande, alcançando de 54 á 56 cm. de altura, estrutura física pesada, não sendo um cão molosso mas de musculatura forte e definida. Sua característica estrutural mais marcante é a sua cauda que é muito espessa na base e afunila-se no seu segmento, de comprimento médio e sem franjas.

    A pelagem é densa, curta, sem ondulações ou franjas e áspera ao toque. Inicialmente estes cães tinham na maioria pelagem preta, algumas vezes amarelos e raramente marrom (chocolate) bem definido, atualmente os da cor amarela são os mais encontrados. É permitido uma pequena mancha branca no peito.

    Fêmeas e machos não diferenciam quanto as habilidades apresentadas e demais características.

    ALIMENTAÇÃO E SAÚDE

    Por ser uma animal grande, como outras raças, está sujeito a doenças que acometem sua estrutura óssea como a Displasia Coxo-femural, necessitando assim de atenção quanto ao seu desenvolvimento e manutenção. Visitas anuais ao Médico Veterinária para vacinação e avaliação geral do animal são necessárias.

    A Alimentação do animal deve ser feita com uma ração de boa qualidade e ele não deve ser alimentado em demasia, pois alguns exemplares da raça podem ter predisposição para ganhar peso. Uma suplementação de Ômega 3 e 6 é muito bem vindo para garantir uma pelagem sempre bonita e viçosa.

    TEMPERAMENTO

    O Retriever do Labrador destaca-se por ter temperamento muito dócil e estar entre os animais mais inteligentes. Sendo o cão mais indicado para desempenhar trabalhos como guia de cegos, busca e resgate de vítimas. Muito afeito ao convívio de crianças.

    Não há qualquer ressalva a ser feita sobre o seu temperamento, que é invariavelmente agradável. Vale lembrar que todo animal, suas manifestações comportamentais, são reflexos da forma como ele é criado.

    Weimaraner



    História e Origem:

    Acredita-se que o Weimaraner, ou “Silver Ghost”, tenha sido criado para ser um cão de caça no início do século XIX pelo grão-duque Karl August, de Weimar, Alemanha. O Weimaraner é um cão bastante antigo, havendo registros da raça já em 1600. A teoria mais aceita quanto à sua origem é de que ele descende de um Braco alemão antigo (não o moderno Braco Alemão de Pelo Curto) e inicialmente encontrava-se exclusivamente nos canis dos duques de Saxônia-Weimar, de onde herdou o nome. Desde o primeiro terço do século XIX, a raça foi criada na corte do duque de Weimar e empregado como cão de faro (sabujo). Por volta da metade do século, antes do começo da criação de raça pura, estava quase exclusivamente nas mãos de caçadores profissionais e lenhadores na Alemanha Central, principalmente nas regiões de Weimar e Turíngia. Os dias de glória dos sabujos haviam passado e procedeu-se a cruzamentos prosseguindo a criação com os produtos desses cruzamentos.

    Durante várias décadas a criação dos Weimaraners era restrita a regiões da Áustria e Alemanha e não havia ‘comércio’ desses cães. Os criadores trocavam filhotes entre si com o objetivo de fixar um padrão para a raça, que após 1890 foi submetida a uma criação planificada e controlada pelos registros no livro de origem. Ao lado do Weimaraner de pêlo liso, apareceu desde o começo do século uma variedade de pêlo longo que não foi muito difundida. Depois que o Weimaraner foi registrado e criado como raça pura, os cruzamentos com outras raças especialmente com o Pointer, passaram a ser evitados. Apesar de ser um cão extremamente versátil, o Weimaraner começou a popularizar-se apenas após a Segunda Guerra, e vem sendo cada vez mais apreciado desde então. Nos EUA o Weimaraner foi introduzido a partir dos anos 40 e chegou ao Brasil em 1952. Admite-se hoje que o Weimaraner seja, provavelmente, a raça mais antiga entre os cães de aponte alemães.

    Características da Raça:

    O Weimaraner é um dos cães mais completos: de temperamento dócil, afável, alegre e equilibrado, torna-se um excelente cão de companhia para a família, e cumpre muito bem a função de cão de alarme. Dotado de uma sensibilidade e inteligência superior, o Weimaraner se destaca não só em provas de caça, mas também em provas de Obediência e Trabalho.

    Os Weimaraners foram desenvolvidos para realizar diversas modalidades de caça, desde a esportiva até a caça de animais de grande porte como javalis e veados. Inicialmente caçava em matilhas , rastreando a presa, encurralando-a até a chegada dos caçadores e , se necessário fosse, lutava com seus opositores. Passou depois a ser também utilizado na caça de campo, onde destaca-se como poucos cães, devido a seu faro excepcional e por sua resistência e obediência. Aponta a caça com categoria, nobreza, segurança e, após o tiro, traz a preza à mão do caçador. O Weimaraner é um cão de aponte, cuja finalidade é sinalizar a caça e posteriormente apanhá-la e devolvê-la ao caçador. Na Europa e EUA onde a caça é permitida, os Weimaraners têm lugar cativo entre os praticantes do esporte, especialmente por suas características de estrutura e forma de devolver a caça. Apesar dessa função inicial específica, por sua inteligência e docilidade ganhou muitas outras funções, como cão farejador de drogas, resgate e mesmo cão de companhia. O Weimaraner vem sendo utilizado por várias corporações policias, entre as quais destacamos o F.B.I. e a Real Polícia Montada do Canadá, na busca a marginais e na procura de tóxicos e entorpecentes, sempre com excelentes resultados.

    As mesmas qualidades que desenvolve como caçador encontram-se na vida familiar. Seu caráter doce e submisso faz com que seja uma adorável companhia, especialmente para crianças. É uma cão de grande energia, que precisa de espaço, exercícios diários e, principalmente, carinho e atenção de seu dono, pois não suporta viver longe das pessoas que ama.

    O Weimaraner é um cão de bom temperamento e extrema beleza, com pelagem cinza e olhos cor de âmbar. Muito obediente, ágil e com uma inteligência aguçada, este é um excelente animal de estimação.

    Os Weimaraners são cães muito extrovertidos e brincalhões. Resistentes e rústicos como convém a um bom caçador, os Weimareners são extremamente apegados aos donos a quem demonstram sua completa docilidade. Como animais de companhia são limpos, agradáveis e carinhosos com as crianças. Em função de sua origem de caçador, os Weimaraners são cães extremamente curiosos e que aprendem com muita facilidade – inclusive o que não devem. Outra característica atribuída à raça é a teimosia, o que indica aos proprietários uma necessidade do Weimaraner de ter um líder a quem obedecer, e nestes casos, o adestramento de obediência é essencial para a boa convivência familiar.

    São cães de extrema energia e por isso precisam de espaço para se desenvolver física e psicologicamente, caso contrário, podem se transformar em cães extremamente problemáticos e destruidores. Por ter sido desenvolvido para a caça em conjunto com o homem e em estreita relação com ele, o Weimaraner não gosta de ficar só por longos períodos de tempo.

    Desde muito jovem o Weimaraner já demonstra grande energia e disposição. Os filhotes precisam de espaço para executar suas brincadeiras evitando assim os problemas com a destruição de objetos ‘não permitidos’. É bastante recomendável que desde cedo participe de adestramento de obediência e que tenha possibilidade de exercícios regulares.

    Padrão Oficial:

    FCI n.º 99, de 10/1/1992.
    País de origem: Alemanha
    Utilização: cão de aponte

    Aspecto Geral: Cão de caça, tamanho médio a grande adaptado ao trabalho, seco, bem musculoso, elegante em suas formas. Características sexuais masculinas e femininas bem definidas.

    Proporções Importantes: Comprimento do corpo/altura na cernelha: 12/11. Proporções da cabeça: um pouco mais comprida da ponta do nariz ao stop que do que a stop ao occipital. Proporções do membro anterior: a medida da cernelha ao cotovelo é aproximadamente igual àquela do cotovelo ao meio do metacarpo

    Comportamento e Caráter: Cão de caça polivalente, dócil, equilibrado, apaixonado pela caça, perseverante na busca sistemática, sem entretanto manifestar excesso de temperamento. Faro notável. Ataca tanto a caça quanto animais nocivos. Por vezes se apropria da caça, mas de maneira alguma é agressivo. Cão de aponte e de trabalho na água. Qualidades notáveis no trabalho após o tiro.

    Cabeça: Região do crânio: em perfeita harmonia com o tamanho do cão e com as dimensões da região facial. Nos machos o crânio é mais largo do que nas fêmeas, mas em ambos os sexos a largura do crânio é bem proporcional ao tamanho da cabeça. A testa apresenta sulco mediano. Protuberância occipital é de pouco a moderadamente desenvolvida. Arcada zigomática é bem visível. Stop pouco pronunciado.

    Região Facial: Nariz: trufa grande, de cor clara/ escura variando gradualmente nos tons de cinza, tornando-se mais acizentado em direção à cabeça. Focinho: comprido e forte principalmente nos machos. Visto de perfil dá impressão de ser quase quadrado. Mandíbula forte. Linha superior do focinho reta, freqüentemente apresenta nariz romano, mas jamais côncavo. Lábios: medianamente pendentes, da mesma cor clara que o palato. Comissura lábial pouco marcada. Mandíbulas: fortes. Bochechas: bem musculosas, nitidamente marcadas, cinzeladas. Dentes: dentição completa, regular, possante, mordedura em tesoura. Olhos: cor de âmbar-claro a âmbar-escuro, expressão inteligente. Os filhotes têm olhos cor azul-claro. Redondos, colocados ligeiramente em posição oblíqua, pálpebras bem ajustadas. Orelhas: largas e bastante longas, alcançam aproximadamente a comissura labial. Inseridas altas, estreitas na base, são ligeiramente arredondadas na extremidade. Quando o cão está em atenção viram-se ligeiramente para a frente formando rugas.

    Pescoço: Portado nobremente, elegante, musculoso, quase cilíndrico, não muito curto, seco, fica mais forte perto dos ombros e se funde harmoniosamente com o tórax.

    Corpo: Linha superior Pescoço elegante, cernelha pronunciada. O dorso é relativamente comprido e firme.

    Cernelha: Bem pronunciada.

    Dorso: Firme e musculoso, sem ser arqueado, nem mais alto na parte posterior. Um dorso um pouco comprido não é um defeito, mas faz parte das características específicas da raça. Garupa comprida, medianamente oblíqua.

    Peito: Forte, mas não exageradamente largo, profundo chegando até o cotovelo, suficientemente longo. Bem arqueado, sem ser um barril, as costelas são longas e a região do esterno bem marcada.

    Linha Inferior: Ligeiramente esgalgada, não como lebrel.

    Cauda: Inserida um pouco abaixo da linha do dorso comparada a outras raças, forte, bem guarnecida de pêlos. Quando o cão está em repouso é pendente, no trabalho ou quando está atento é portada horizontalmente ou mais alta.Órgãos sexuais: os machos devem ter dois testículos de aparência normal, perfeitamente descidos no escroto.

    Membros Anteriores: observação geral: membros altos, secos, retos, paralelos, jamais desviados.

    Ombros: compridos, oblíquos, bem rentes ao tórax, musculosos. Boa angulação da articulação escápulo-umeral. Braços: oblíquos, longos, fortes. Cotovelos: livres, retos corretamente direcionados para a frente. Antebraço: comprido e reto. Carpo: forte, firme. Metacarpo: seco, ligeiramente oblíquo. Pés: fortes, paralelos. Dedos fechados, arqueados. Os dedos médios mais compridos, que constituem uma característica da raça, não um defeito. Unhas de cor cinza-claro a cinza-escuro. Almofadas plantares firmes e bem pigmentadas.

    Membros Posteriores: Observação geral: altos, secos, bem musculosos. Paralelos, jamais desviados. Coxa: bom comprimento, forte, bem musculosa. Joelho: forte, firme. Pernas: compridas, músculos visíveis. Jarrete: forte e firme. Metatarso: seco, posição vertical. Pés: fortes com dedos bem fechados, sem ergots. Quanto às demais características seguir a descrição dos pés anteriores.

    Movimentação: Fácil e ampla. Membros anteriores e posteriores paralelos. Galope longo e raso. No trote o dorso permanece reto. "Amble" é indesejável. Pele Firme, bem aderente, mas sem excesso.

    Pêlo: Natureza do pêlo: Pêlo curto (mas mais comprido e mais denso comparado à maior parte dos cães de outras raças), muito espesso, bem fechado. Com ou sem subpêlo. Pêlo longo: pêlo de cobertura macio e longo, com ou sem subpêlo. Liso ou ligeiramente ondulado. Pêlo na ponta das orelhas, comprido e bem caído. Na extremidade das orelhas o pêlo aveludado é admissível. Comprimento do pêlo nas costas de 3 a 5 cm, sobre o pescoço, no peito e ventre um pouco mais longo. Bom culote e franja onde o comprimento diminui em direção à parte inferior. Belo penacho na cauda. Pêlo entre os dedos. Na cabeça, pêlos menos compridos. Um pêlo lembrando pelagem dupla com pêlo de cobertura de comprimento médio fechado, estirado, subpêlo cheio, franjas medianamente desenvolvidas com culotes aparecem nos cães com patrimônio genético misto. Cor do pêlo: cinza-prateado, cinza-escuro, cinza-rato e todas as tonalidades intermediárias dessas cores. A cabeça e orelhas são geralmente de cor um pouco mais clara. Manchas brancas só são permitidas no peito e nos dedos. Sobre o meio do dorso há uma risca escura mais ou menos marcada "risca de enguia". Os cães que apresentam marcas de fogo vermelho a amarelo só podem obter em exposição qualificação BOM. Marcas fogo marrom-escuro constituem defeito grave.

    Tamanho/Peso: Altura na cernelha: Para machos: de 59 a 70 cm, tamanho ideal 62 a 67 cm / Para fêmeas: de 57 a 65 cm, tamanho ideal de 59 a 63 cm. Peso: Machos: 30 a 40 kg / Fêmeas: 25 a 35 kg.

    Faltas: Tudo que se desvie do stantard acima deverá ser considerado defeito e penalizado conforme a gravidade.

    Faltas Graves: Desvios de tipo, dimorfismo sexual. Proporções irregulares, ligeiros desvios de caráter. Crânio: irregularidades no tamanho e proporções. Região facial: defeitos importantes como: lábios muito desenvolvidos, focinho curto ou pontudo. Maxilares e dentes: ausência de mais de 2 PM ou M 3 .

    Olhos: defeitos nas pálpebras principalmente defeitos ligeiros e unilaterais. Orelhas: muito curtas ou longas, jamais voltadas para a frente. Pescoço: barbelas, desvio da forma e desenvolvimento da musculatura. Dorso: selado ou carpeado, parte traseira mais alta. Peito/ventre: peito em barril, descido insuficientemente , curto, ventre muito esgalgado. Órgãos sexuais: defeitos de forma, tamanho ou consistência dos testículos. Membros anteriores: angulação insuficiente, cotovelos desviados, pés abertos. Membros posteriores: jarretes de vaca ou arqueeados, pés abertos. Movimentação: falha em qualquer tipo de movimentação. Passo de camelo (amble). Pele: pele muito fina ou muito grossa. Pêlo: natureza do pêlo intermediário entre pêlo liso e pêlo longo. Ausência de pêlo na barriga e nas orelhas. Pêlo lanoso na variedade pêlo liso. Pêlo fechado ou pouco abundante na variedade pêlo longo. Cor: cor diferente dos tons de cinza, como por exemplo: amarelado ou amarronzado; manchas fogo de cor marrom. Observação importante sobre tamanho e peso: variação de 2 cm acima ou abaixo do estipulado no standard.

    Desqualificação: Absolutamente atípico, pesado ou leve. Totalmente mal proporcionado. Defeitos de caráter agressivo ou medroso. Crânio: atípico, como o do Bulldogue. Região facial: focinho fortemente côncavo. Maxilares/dentes: prognatismo superior/inferior, ausência de mais dentes do que permitida nos defeitos graves. Olhos: entrópio/ectrópio. Orelhas: atípicas. Pescoço: com muita barbela. Dorso: carpeado, selado fortemente, traseira muito alta. Peito/Ventre: peito em barril extremamente pronunciado, má-formação. Órgãos sexuais: monorquidia/criptorquidia. Membros anteriores: raquíticos ou mal-formados. Membros posteriores: displasia. Movimentação: má movimentação em todas as modalidades. Pele: má-formação e infecções cutâneas. Cor do pêlo: cor diferente do cinza, manchas fogo de cor marrom muito extensas. Branco fora do peito e pés. Natureza do pêlo: ausência parcial ou total do pêlo. Variação importante das medidas: acima ou abaixo. Má-formação ou doenças: doenças com fundo hereditário. 

    Bulldog Francês


    Origem: França
    Pelagem: Lisa, curta, macia e brilhante
    Grupo: 6 - Cães de companhia
    Porte: Pequeno
    Desqualificação: Orelhas que não sejam do tipo morcego
    Expectativa de vida: De 12 a 14 anos
    Temperamento: Ativo, inteligente e companheiro

    O Bulldog Francês, pela sua aparência, pode parecer um brigão, mas tem a alma de um cavalheiro. Ele é brincalhão, tem temperamento alegre e acima de tudo é companheiro.

    Os cães dessa raça são fascinantes, exóticos, fiéis e silenciosos, nunca irão molestar seus amigos ou vizinhos com latidos.

    Suas orelhas, semelhantes às de morcego, a cauda naturalmente enrolada como um parafuso,a cara superachatada com dobras e rugas na cabeça e os lábios negros pendentes formam um conjunto de características de dar inveja a qualquer personagem de ficção, mas sua personalidade dócil o torna irresistível.

    Os Bulldogs Franceses aprendem uma variedade de truques, estão sempre prontos para brincar; são observadores e dotados de uma excelente memória.

    Eles têm uma expressão viva e alerta, gostam da convivência familiar, tanto com adultos como com crianças. São extremamente obedientes e estão sempre querendo agradar a seus donos. "O AMIGO DE TODOS".

    Devido ao seu caráter, sua fácil manutenção e pelo fato de latirem pouco, fazem com que sejam excelentes companheiros, de fácil adaptação à agitação urbana, vivendo muito bem até em apartamentos.

    Com as crianças são tolerantes, aceitando qualquer tipo de brincadeira - puxar rabo ou as orelhas, montar como se fossem cavalinhos, etc .; se elas os agridem, não fazem nada para revidar. Com outros cães e animais, dão-se bem, se forem acostumados desde pequenos.

    Clinicamente os Bulldogs Franceses podem apresentar problemas respiratórios, devido à forma do focinho; o colapso cardiopulmonar pode ocorrer quando é submetido a stress calórico muito elevado e o aparecimento da terceira pálpebra surge quando entope o canal lacrimal, mas pode ser corrigido com uma cirurgia bem simples, feita no consultório veterinário.

    O Bulldog Francês é um cão surpreendente em todos os aspectos, cativando a todos. "Ninguém ganha do Bulldog Francês na amizade".